A expansão das fintechs, como são chamadas as startups financeiras, e o aquecimento do mercado de crédito no Brasil, que, segundo o BC (Banco Central), registrou crescimento de 15,5% do setor em 2020, têm possibilitado aos empreendedores, dos mais diversos portes, probabilidades e soluções para a gestão de negócio e o equilíbrio das finanças em um mercado cada vez mais digitalizado. Nesse sentido, cresce no Brasil o contexto das fintechs, que oferecem soluções de crédito aos clientes, os marketplaces financeiros. Funcionando como um ecossistema que reúne em uma mesma plataforma digital bancos, fintechs e empresas que trabalham com soluções financeiras próprias, os marketplaces financeiros trabalham como uma “ponte” entre os usuários e estas instituições, oferecendo, entre outros serviços, empréstimos e antecipação de recebíveis. Estando, além disso, estabelecido no meio digital, os marketplaces financeiros demandam menos burocracia aos usuários do que os bancos tradicionais.
De 2012, quando as primeiras fintechs foram criadas no país, até abril de 2021, foram investidos mais de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 25,4 bilhões) neste tipo de instituição no Brasil, em uma abrangência de 536 negócios, de acordo com relatório “Distrito Fintech Mining Report 2021”, divulgado em abril pela plataforma de inovação aberta Distrito. Atualmente, existem 1.158 fintechs, divididas em 14 categorias no Brasil. As startups financeiras que oferecem soluções de crédito já somam 157, representando 13,5% do total. Em diagnóstico ainda mais detalhado, realizado igualmente pela Distrito, no levantamento “Inside Fintech Report”, foram contabilizados 44 marketplaces financeiros no Brasil.
Segundo o estudo “Fintech Deep Dive 2020” realizado pela ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) junto à consultoria e auditoria PwC Brasil, é cada vez mais evidente que a atuação das fintechs de crédito se dá com foco nas pequenas e médias empresas. A pesquisa, realizada com representantes de 148 fintechs, de diferentes portes e setores, indicou que mais da metade (51%) das startups financeiras consultadas atendem empresas, com predomínio (41%) das pequenas e médias companhias. Além disso, ainda segundo o estudo, o foco exclusivo no atendimento a empresas também aumentou de 29% para 40%, demonstrando uma confiança maior dos clientes corporativos nestas instituições financeiras.
Fonte: Porta Terra