A pandemia que impõe rigidez no orçamento familiar repercute no caixa das empresas onde o
conhecimento técnico tem sido ignorado em favor da improvisação. O fato abre espaço para as parcerias entre empresas menores que, unindo-se, podem somar forças provando que esta é uma alternativa para todos e não apenas aos grandes. É uma saída efetiva para a sobrevivência, razão pela qual as fusões e aquisições crescem nas crises.
Em 2020, 1.038 transações foram anunciadas conforme acompanhamento da consultoria Pw-CBrasil, 48% acima da média dos últimos cinco anos.
É hora de apoiarmos as empresas, deixando-as atraentes para o mercado.
Para prosperarem e serem protagonistas de sua história, as pequenas empresas têm que adotar
eficazes estratégias de controles e metas. Com seu poder empreendedor, o País precisa encurtar
a distância entre as práticas de gestão comuns às grandes corporações daquelas ainda ausentes no verdadeiro universo empresarial brasileiro formado por pequenas e médias empresas.
Como profissionais em consultoria financeira, cabe apostarmos neste fértil mercado ainda sem acesso aos mecanismos adequados de controladoria e de planejamento. Mais do que olhar a
frieza dos números, é preciso tratar a dor do momento para curar o paciente e torná-lo forte para a concorrência.
É hora de apoiarmos a preparação destas empresas para saltos maiores, implementando e
aperfeiçoando mecanismos de controle para torná-las mais transparentes e atraentes ao mercado, disponibilizando informações relevantes ao parceiro interessado em investir. É o novo jeito de atuar em rede, junto com o cliente, para que ele ganhe fôlego no período do “diagnóstico” e avance sozinho no “pós-operatório”. O distanciamento nos fez ver que primeiro é preciso arrumar a casa e descortinar custos desnecessários já enraizados.
A pandemia forçou a racionalidade, criou ambiente para a gestão da “porta para
dentro” e acelerou a necessidade de dar musculatura às áreas de controladoria estratégica
e financeira.
O fato encontra ressonância em todas as atividades, em especial nas empresas familiares que ainda requerem profissionalização para melhorarem sua gestão, ainda regida pelo “feeling”.
Na guerra, frequentamos a mesma escola, ora ensinando, ora aprendendo, num constante
aprendizado.
Luciano Almeida
Sócio da Fortus Consulting