Com impacto em toda cadeia produtiva, a alta tarifa de energia elétrica paga no Brasil recai diretamente no preço final dos insumos industriais, afetando, assim, a competitividade brasileira. Encargos e tributos representam cerca de 40% do custo total da conta de luz, refletindo justamente no bolso de cada um. Nove dos 16 diferentes tipos de impostos embutidos no preço, são para cobrir despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia programas como Tarifa Social de Energia Elétrica, Conta de Consumo de Combustíveis, Programa Luz para Todos, entre outros.
Logo, o resultado disso para o consumidor é um custo de 33 bilhões de reais anuais na conta de luz, equivalente a tributos e tarifas setoriais. Numa simples analogia, o que ocorre é: o peso da tarifa encarece produtos, aumenta o custo unitário para produzir a mercadoria, fazendo o indivíduo pagar três vezes mais na energia usada nos artigos que compra do que na conta residencial. Ou seja, impacta de maneira direta no poder de compra das pessoas, o que é extremamente ruim, já que reduz a capacidade de aquisição da sociedade, que acaba comprando menos.